domingo, 22 de novembro de 2009

Temas Geradores

Paulo Freire em relação à alfabetização de adultos

Bem, ao trabalharmos temas geradores na “perspectiva freiriana”, podemos perceber a grande preocupação de Paulo Freire na defesa de ensinar a partir do conhecimento do aluno, construindo seu aprendizado através de experiências de vida e do conhecimento do meio em que o aluno vive. Ou seja, se anteriormente aprendia-se de acordo com formalidades de uma educação que partia de princípios onde os educadores acomodavam-se em uma forma abstrata de pensamento, onde apenas juntavam-se sílabas formando palavras, frases e leituras sem nenhuma ligação do aluno com o que estavam aprendendo, era como que uma aprendizagem envolta a decorar e não a aprender, apenas preocupando-se com conteúdos e não com a prática do conhecimento. Hoje vivemos uma educação que foi reformulada, desenvolvemos o pensamento do aluno, onde ele possa perceber o que escreve, o que lê ligando ao que ele vive, a sua realidade. Paulo Freire ao contemplar uma visão de educação ligando ao contexto social, não quis apenas modificar a forma de ensinar, mas sim fazer com que as pessoas aprendessem tentando modificar para melhor o mundo, criticando e melhorando através da problematização e da busca por soluções. Ao aprender através de mecanismos que se desenvolvam a partir da prática e não do decorar conteúdos, podemos levar o aprendizado além de apenas acumular informações, mas sim aprender transformando nossa prática em um conhecimento que ficará imortal. O aluno quando não está ligado ao que aprende, dificilmente levará esse aprendizado para sua vida a fora, pois para que tenha um significado importante o aprendizado precisa de uma ligação com a prática e com a importância deste aprendizado para a vida deste aluno. A frase de Freire: “Pensávamos numa alfabetização que fosse em si um ato de criação, capaz de desencadear outros atos criadores” (Paulo Freire, Educação como prática da liberdade, 1971), demonstra sua preocupação na aprendizagem que faça com que o aluno crie e que seja capaz de criar ainda mais, mas para que isso seja possível devemos dar a esse aluno a chance de criar, modificando seu pensamento, tornando-o crítico, capaz de pensar por sua própria conta, resolvendo seus próprios problemas, idealizando um mundo melhor onde tenha um espaço seu.

sábado, 14 de novembro de 2009

Unidade 3 - LIBRAS

Educação de surdos

Lendo os textos da unidade 3 da interdisciplina de LIBRAS, me chamou atenção para uma questão: o quão importante é para a criança surda conhecer a LIBRAS como sua primeira língua para, depois, aprender a ler, escrever, etc. Como fala no texto: “propor o fim da política de inclusão-integração escolar, pois ela trata o surdo como deficiente e, por outro lado, leva ao fechamento de escolas de surdos e/ou ao abandono do processo educacional pelo aluno surdo”.
Acho muito importante o convívio dos surdos com outros surdos. É onde conseguem fazer prevalecer sua identidade, cultura e o respeito à diferença surda. Quando chega na escola uma criança surda, cria-se um pavor entre os docentes, pois os mesmos não tem preparação nenhuma para trabalhar com alunos com este tipo de deficiência Isso é bem complicado para todos enquanto escola, pois são totalmente desqualificados para esse “tipo” de aluno e para ele também, sendo que, ás vezes, não consegue ser entendido(até dentro da sua própria família).

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O Menino Selvagem

Postagem referente ao dia 08/11/09

Relações interpessoais, convívio, intercâmbio de saberes... fatores imprescindíveis para o pleno desenvolvimento humano.

A interdisciplina de Libras, através do estudo do filme “O Menino Selvagem”, me colocou em situações de reflexão sobre as especificidades do comportamento humano. O filme retrata experiências de uma criança que, vivendo isolada por anos junto com os lobos, retrai suas capacidades de comunicação adquirindo comportamento puramente selvagem.
Este estudo me levou a interdisciplina de Ed. Especial, proferida no semestre passado onde estudamos sobre a importância das relações interpessoais entre os sujeitos e das múltiplas experiências para a redução das barreiras impostas pela deficiência.
No caso da surdez ou deficiência auditiva, a necessidade da comunicação é fundamental para que a criança desenvolva suas capacidades cognitivas não apenas para se fazer entender como também pra compreender o que lhe dizem.
O filme mostra a existência de uma Instituição Nacional de “Surdos-Mudos”, para onde eram levadas as crianças surdas da época, no século XVIII. Este local funcionava como um “depósito” para crianças anormais ou doentes, um ambiente onde os pais pudessem deixar seus filhos surdos, em segurança, mas sem se comprometer com sua educação. Deste modo, estas crianças ficavam sem a preciosa oportunidade de conviverem em família, utilizando e criando formas para se comunicar, para se fazer entender.
Antigamente, existia uma cobrança muito grande no sentido de ensinar ou “treinar” o surdo para falar desprezando e até punindo qualquer forma de comunicação por sinais. Atualmente a concepção é outra, a população e os governos, bem como, a próprio surdo, vem atribuindo maior importância ao uso da língua de sinais na construção da(s) sua identidade(s), ou seja, já vem se percebendo que este grupo de pessoas possui uma língua que foi criada e é utilizada por uma comunidade especifica de usuários.
É por isso, que atualmente não vimos mais nas escolas professores obrigando alunos surdos a terem que se adequar à oralidade dos não surdos. Hoje, com toda a pedagogia e a movimentação entorno da inclusão, temos escolas e profissionais procurando se aperfeiçoar em Libras. Como incentivo muitas entidades não governamentais, bem como, o estado e seus municípios vem buscando colocar em suas áreas de curso, a Língua Brasileira de Sinais e assuntos ligados a identidade Surda. Isto, num passado não muito distante, nem se ouvia falar e as possibilidades de se encontrar um curso voltado para esta área eram muito raras.
O estudo desta unidade nos coloca a importância da inclusão, da cooperação no sentido de operar junto, e mais uma vez reforça a idéia de que a convivência, os momentos de troca são fundamentais para o pleno desenvolvimento humano.

domingo, 1 de novembro de 2009

Projetos de Aprendizagem



Projetos de Aprendizagem

Baseada no que estudamos e lemos sobre os projetos de aprendizagem, acredito que o trabalho com projetos é uma forma inovadora de ensinar, ou seja, é uma maneira nova de se compreender o processo de ensino-aprendizagem. Em vista disto ele possui definições distintas, que se baseiam em experiências vivenciadas pelos professores e alunos que desenvolvem e participam de projetos.
Todo projeto é um processo criativo para os alunos e professores, o qual permite ricas relações entre ensino e aprendizagem e, sobretudo uma concepção de aprendizagens globalizadores, que certamente não passa por superposição de atividades.
É importante ressaltar que o projeto deve respeitar a particularidade e a individualidade das características presentes em cada faixa etária. Este, pode ser utilizado nos diferentes níveis de escolaridade, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Em cada grupo de ensino essa proposta pedagógica irá deparara com as especificidades do grupo etário, da realidade circundante, das experiências anteriores de alunos e professores.
Portanto, o projeto pode ser realizado respeitando as características de cada grupo etário e as suas necessidades.
O estudo sobre projetos contribui para a nossa formação como educadores, pois é relevante ter a clareza e a compreensão de que o aluno tem a possibilidade de construir a sua aprendizagem, ou seja, que ele possa realmente fazer parte do processo de ensino-aprendizagem, como um ser participativo e critico, e não mais como alguém que somente recebe e armazena conhecimento sem significado para ele.
Para isso, se faz necessário que haja uma adaptação ou alteração das posturas pedagógicas adotadas pelos professores/ educadores, que muitas vezes não correspondem às necessidades e interesses das crianças.
A Pedagogia de Projetos é um caminho para transformar o espaço escolar em um espaço aberto à construção de aprendizagens significativas para todos que dele participam.
Com base na definição citada acima, pode-se dizer que com a introdução dos projetos nas escolas, o conceito de educação de uma escola e dos seus educadores abre um leque de possibilidades e informações, que irão contribuir no processo de ensino- aprendizagem. O que tornará a aprendizagem mais significativa, prazerosa e principalmente mais próxima do aluno.