domingo, 31 de maio de 2009

Educação Após Auschwitz


Em Filosofia, foi bastante desafiador o texto que trabalhamos do filósofo alemão Theodor Adorno (1903-1969) intitulado "Educação após Auschwitz" que começa com a seguinte frase, expressão de um princípio moral: “Para a educação, a exigência que Auschwitz não se repita”. É um texto que alinha moralidade, política e educação a partir deste evento terrível do século XX: o Holocausto.Tive que ler várias vezes, para poder entendê-lo adequadamente fim de realizar a atividade solicitada.

Educação após Auschwitz
Neste Ensaio, Adorno vincula a educação como instrumento de formação de pessoas que podem cometer atrocidades a serviço de um sistema xenofóbico, neste caso foi um exército liderado e “condicionado” por um só homem, deixando danos e marcas irreparáveis em uma população que desconhecia a aversão de seus algozes e o motivo pelo qual estavam sendo massacradas. É doloroso termos a consciência de que as atrocidades praticadas em Auschwitz, onde humanos aniquilavam humanos, atos justificados por uma crueldade intolerável à diversidade racial e cultural, foram praticados por outros indivíduos que se consideravam humanos, e que tiveram a intenção e inteligência para elaborar e executar estas atitudes abomináveis.
O mais assustador disso, é que a própria sociedade “educou” esses homens, de que maneira? De acordo com Adorno: A educação só teria sentido como educação para a auto-reflexão e crítica, então concluo que estas pessoas não foram educadas para pensar em seus atos, e sim a seguirem um único padrão de comportamento, o condicionamento, onde um que se intitulava superior elaborou todo o processo. O autor ainda considera a falência da cultura e da educação a razão desta barbárie, onde elas deixaram de ser importantes e prioritárias para o governo e a sociedade civil. Será que mudou muito desta época para cá?
Hoje estas atitudes são comuns em muitos jovens, podemos até chamar de formadores de “exército”, são as gangs, grupos, bondes, a cada dia surge um termo diferente, em que o contexto é o mesmo, a incitação à crueldade. Com esta leitura, percebe-se um processo de barbárie em diversos setores da nossa sociedade, esta mesma que tanto abomina Auschwitz: a falta de respeito para com o próximo, a falta de vergonha, atitudes discriminatórias e dogmáticas do pensamento e ação, indiferença diante do sofrimento do outro, a recusa em reexaminar suas ações e posicionamento frente a situações diversas, incapacidade de conviver com as diferenças culturais e raciais, a certeza da impunidade e de que a própria lei da vantagem e do mais esperto impera, são alguns dos sintomas de barbárie que fazem parte do nosso cotidiano social e educacional.
Seguindo a preocupação de Adorno, o que fazer para evitar que Auschwitz volte e se repetir na sociedade humana? Minha opinião é que exploremos muito este episódio da nossa história, em todos os seus detalhes sórdidos, o autor diz que não sepultá-lo e questioná-lo, é uma maneira de evitar sua repetição. Não podemos fechar os olhos e nem nos sentir envergonhados pelo que houve e sim, hoje, buscar através da educação uma mudança de comportamento através de conscientização de seus próprios atos, auto-reflexão crítica e debates esclarecedores sobre estes acontecimentos que há bem pouco tempo ocorreram contra a nossa humanidade, isso cabe a nós enquanto educadores, acadêmicos e cidadãos ativar este processo.
Com base no que houve em Auschwitz, com a mentalidade da população atual e a necessidade iminente e urgente em modificar a maneira de agir e pensar das pessoas percebe-se que a educação apresenta dois lados, o bem e o mal, e é conforme a consciência, e porque não dizer a inconsciência também destas pessoas, que proporcionarão a mudança, da qual teremos os resultados, para um lado ou de outro, nos resta ficarmos atentos a estas alterações.
Nossos jovens, e também os mais experientes, se vislumbram com este mundo globalizado, onde a ideologia capitalista esmaga valores sociais e éticos, o imediatismo e o individualismo crescem entre as pessoas, fazendo com que a população corra sérios riscos.
Então me pergunto, será que somente a educação pode fazer algo pelas pessoas? O que são os verdadeiros valores que temos que cultivar e como fazer isso? Quais são e como plantar as sementes para que as pessoas sejam mais humanas e não desumanas? Não é só Adorno que se preocupava com estas questões, eu enquanto pessoa, mãe, amiga, cidadã e educadora também me faço estes questionamentos. Acompanhando tudo o que ocorre no mundo, longe, ao nosso redor, em outro país, no bairro vizinho, no nosso, na casa ao lado e principalmente em nossa sala de aula, sinto medo e muita preocupação de que novos Hitlers e uma nova barbárie encontrem um terreno fértil para se instalar. Outras perguntas pairam e intrigam: onde estaria a falha na formação daqueles homens que se prestaram a tamanha crueldade; o que a sociedade, a família e a escola fizeram para que estas atitudes fossem consideradas corretas por estas pessoas; o que aconteceu com eles enquanto filhos, irmãos, pais e “seres humanos”?
A sociedade precisa trabalhar junta e unida para não retroceder no tempo. Com o descontrole e abandono da sociedade familiar, as crianças estão buscando na sociedade da rua, minis-Auschwitz, os valores existentes, ou seja, a violência desmedida, falta de limites, a agressão verbal e física, indiferença com o outro e si próprio, fazendo deles seus parâmetros de vida, repassando tudo a quem está ao seu lado, sem medir nem se preocupar com as conseqüências de seus atos. Quando chegam à sociedade educacional, se deparam com outra violência ocasionada por suas próprias atitudes anteriores, as escolas parecem prisões, prédios danificados, frios e sem vida, gradeados até o teto, salas sem ventilação em decorrência da destruição de materiais e lotadas de... vou usar um termo que Adorno utilizou, “coisas”, ou seriam “pessoas”? Será que um ambiente assim pode despertar a criatividade, a sensibilidade e fazer com que alguém seja reflexivo e autocrítico para que realmente haja uma aprendizagem transformadora? Como criar um vínculo que valorize as diferenças e resgata a identidade perdida? Como modificar este ambiente? A escola deve ser solidária, humana, um espaço de socialização, para uma convivência harmoniosa com o objetivo de preservar a vida.
Adorno cita neste ensaio, que o esporte é um dos pontos para que os jovens se integrem no processo de humanização, para que Auschwitz não retorne, é através dele que irão desafiar seus limites, trabalhar a tolerância e suas frustrações frente às derrotas, tudo isso essencial para o amadurecimento emocional.
Mas como já citei anteriormente, a sociedade deve travar a batalha junta e o ponto de partida deve ser obrigatoriedade na família. Independente do padrão da qual ele se encontra, pois hoje é sabido que temos diversos tipos de família, o importante é que cada um seja coerente e correto na educação e com os valores que serão priorizados às crianças. Um ambiente onde o respeito, a ética, o amor, a compreensão, a compaixão e principalmente o diálogo é exercido como fator de humanização, só poderá se transformar em uma semente para a evolução de uma espécie de seres humanos corretos e valorosos em suas idéias e atitudes.
A sociedade precisa se alertar com o sistema social que está se formando, só a reflexão crítica e filosófica, impedirá que as pessoas cheguem a ponto de repetir as atrocidades ocorridas anos atrás. Nós educadores devemos repensar na nossa realidade educacional, questionar as políticas sociais e educativas, mascaradas e atoladas de ideologias impostas como corretas, banais e revolucionárias. Nem sempre o que cabe a um povo, é o mesmo que cabe a outro, temos que avaliar todos os setores e fatores envolventes no processo. Não podemos deixar que atos ideológicos assassinem nosso sistema educacional.
Temos que ter consciente que a barbárie não se resume apenas em um ato consumado, mas que envolve muitas questões que criaram e continuam a criar, para que leve a acontecer tais atos.
Através de uma educação civilizada, a humanidade não presenciará nem cometerá nenhum tipo de barbárie.
“Pessoas que se enquadram cegamente em coletividades transformam-se em algo analógico à matéria bruta e omitem-se como seres autodeterminantes. Isso combina com a disposição de tratar os demais como massa amorfa”. (Adorno)

sábado, 23 de maio de 2009

Método Clínico Piagetiano


Método Clínico Piagetiano...
Segundo Piaget, o conhecimento não pode ser concebido como algo predeterminado pelas estruturas internas do sujeito (porquanto estas resultam de uma construção contínua) nem pelas características do objeto (já que estas só são conhecidas graças à mediação dessas estruturas). Todo conhecimento é uma construção, uma interação, contendo um aspecto de elaboração novo. A partir da leitura do texto sobre o método clínico piagetiano, pude perceber suas formas de execução que passam pela análise do conteúdo do pensamento infantil, pela observação pura estudando as perguntas espontâneas das crianças e pelo método inspirado no exame clínico psiquiátrico (aliando à observação pura e a interrogação), a conversa com a criança, seguindo suas respostas, colocando problemas, levantando hipóteses controladas, objetivando descobrir os processos de raciocínio subjacentes às respostas. Nesse terceiro processo a dificuldade do investigador é saber observar (sem interferências) e saber buscar algo preciso, uma teoria (que requer objetividade e conhecimento de caso). Acredito que seja possível utilizá-lo em sala de aula, desde que sejam com turmas menores, e que o professor tenha o conhecimento sobre tal análise, pois acredito que o método exige extrema observação de cada aluno, de forma individual. Para isso requer tempo, qualificação e turmas pequenas. Seria, ao meu ver, impraticável numa turma de 25, 30 alunos. A aplicação do método necessitaria de apoio pedagógico (orientador, supervisor, direção ou outro observador), através da definição de metodologia e planejamento, em que tais informações, obtidas pelo professor, ficassem arquivadas para que todos os professores pudessem ter acesso. Com o aluno, esse método poderia ser colocado em prática em diversas atividades desenvolvidas em sala de aula (através do conteúdo interdisciplinar) ou fora da sala de aula em atividades diversas, como saídas de campo, passeios, atividades em biblioteca, sala de vídeo, buscando interagir com o discente, através de seus comentários espontâneos, estimulando sua participação. O que será necessário para desenvolver esse método, vai ser um tempo maior, uma disponibilidade maior, uma adaptação das práticas escolares para se poder concretizar na escola essa aplicação.

domingo, 17 de maio de 2009

Projeto de Aprendizagem


Como estamos novamente trabalhando sobre projetos de aprendizagem, colocarei aqui algumas considerações sobre este tema.

Projeto de aprendizagem são formas de ensinar e aprender, onde o professor e aluno caminham juntos no processo ensino-aprendizagem. Reelaborando o conhecimento através de pesquisas, análises, etc., elaborando assim novos conceitos. A. construçaõ de um PA caracteriza-se por ter em mente um motivo, uma finalidade e meio.

Um motivo deve partir de uma necessidade, de um problema concreto dos alunos ou ainda deve ter profunda vinculação com a vida do envolvido.

É necessário que o aluno perceba o motivo da atividade, para poder se interessar por ela e querer realizá-la.

"Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra."

Anísio Teixeira

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Questões Étnico-Raciais




Os objetivos da Educação das Relações Étnico-Raciais são a divulgação e produção de conhecimentos, de atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de interagir e de negociar objetivos comuns que garantam a todos o respeito aos direitos legais e a valorização de identidade. E também, a valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, européias, asiáticas e reconhecimento da história e da cultura dos afro-brasileiros. A Lei recomenda a obrigação dos sistemas de ensino de proverem condições materiais e financeiras com materiais didáticos necessários para tornar práticos seus preceitos. E indica movimentos civis organizados e instituições que possam ser consultados sobre conteúdos e metodologias úteis para a aplicação da Lei. Ela reafirma uma posição de combate ao racismo e à discriminação, de acordo com a nossa Constituição. Para qualquer educador que tenha juízo e seja realista, essa Lei significará principalmente um chamado ao trabalho, pois sabemos que o Estado ainda não poderá prover o sistema de ensino com os meios necessários para dar plena eficácia à Lei. Pode até parecer difícil, à primeira vista, saber como e por onde começar. Mas, diante da montanha de fatos, personagens e circunstâncias históricas que têm sido negligenciados como conhecimento ao longo da história da Educação no Brasil, essa dificuldade é só aparente. Ao começarmos a tratar do tema vamos descobrir um outro país. A história do Brasil e a formação do povo brasileiro foram de tão reduzidas a esquemas simplificados no dia a dia das escolas que nossos alunos chegam a terminar o Ensino Superior sem conhecer a História do Brasil. Nada, ou quase nada, estudamos sobre a política portuguesa de povoamento da colônia, que estimulava a mestiçagem para acelerar a ocupação das terras; ou sobre a resistência indígena ao formato hierarquizado das populações dominadoras; ou sobre a política de estado praticada por alguns reinos africanos que institucionalizaram a venda e a exportação de escravos negros; ou sobre a força antiabolicionista dos republicanos no Brasil. Isso simplesmente não é visto nas escolas. Repetimos expressões carregadas de significado histórico sem nem suspeitarmos disso, como aquela que diz que algo é “para inglês ver” e que se refere à burla da ordem baixada pelos ingleses de proibição do tráfico negreiro. Às vezes estamos muito próximos de referências históricas importantes e não percebemos, nem tampouco nos alertam para isso na escola. Quando ouvimos O Guarani, de Carlos Gomes, na abertura da Hora do Brasil, por exemplo, é sem saber que o nosso mais conhecido compositor erudito era neto de uma escrava fôrra. Também não nos damos conta de que o nome Rebouças que batiza viadutos e avenidas nas maiores cidades brasileiras homenageia o sobrenome de uma ilustre família de políticos baianos negros, do século XIX, cujos membros foram importantes engenheiros: os irmãos André e Antônio Pereira Rebouças Filho, construtores de ferrovias e obras de grande porte. Conhecer melhor sobre os afro-descendentes que fogem ao estigma da escravidão mais do que saciar curiosidades, nos ensina que, desde cedo, esse brasileiros impuseram, com sua existência, o fato de que a cor jamais os condenou à inferioridade intelectual. Apesar do ambiente que lhes era desfavorável eles alcançaram admiração e respeito assim como muitos outros que lutaram pela conquista de seu espaço.

domingo, 10 de maio de 2009

Método Clínico Piagetiano






O Método Clínico de Piaget
"O métodoClínico Piagetiano", já era usado por Piaget em 1926, uma das mais importantes contribuições para a investigação na área da psicologia do desenvolvimento. O objetivo era a análise do conteúdo do pensamento infantil.Esse método inclui uma prática de testagem de hipóteses sobre o funcionamento da inteligência de um sujeito enquanto este raciocina. O investigador se utiliza de três tipos básicos de indagações ao sujeito: perguntas de exploração, de justificação e de contra-argumentação.Possibilita a observação na prática, através da conversação livre com a criança sobre um tema dirigido pelo interrogador que acompanha as respostas da criança, pedindo que justifique, explique, diga o porquê, faça contra sugestões..., permite relacionar, a partir do espontâneo, o universo ao qual a criança busca se adaptar.Hoje, em sala de aula, até seria possível realizar numa situação de aprendizagem, mas com um número pequeno de alunos, porém é difícil, é um método complexo, o professor precisa conhecê-lo bem, entender sua verdadeira dificuldade, saber observar, sem interromper e ao mesmo tempo buscar resultados justificáveis e compreensíveis. O método ajuda na compreensão do processo, mas não é um método pedagógico para promover o desenvolvimento intelectual, não constrói conhecimento.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Estádios do Desenvolvimento



Piaget nos define como sendo quatro os estádios de desenvolvimento e coloca que o ordenamento é constante porém as idades variam. Variam de cultura para cultura e dentro delas também há variáveis. Sensório- motor (dos 0 aos 18/24 meses) Estádio pré- operatório (dos 2 aos 7 anos )Estádio das operações concretas ( dos 7 aos 11/12 anos) Estádio das operações formais ( dos 11/12 aos 15/16 anos)recortes de:http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/

Com comentários reflexivos a respeito da aprendizagem. Em outro texto, Piaget (1972b) relembra que:"A ordem de sucessão desses estágios, como foi mostrado é extremamente regular e comparável aos estados de uma embriogênese. A velocidade do desenvolvimento, no entanto, pode variar de um a outro indivíduo e também de um a outro social; conseqüentemente, podemos encontrar algumas crianças que avançam rapidamente ou outras que avançam lentamente, mas isso não muda a ordem de sucessão dos estágios pelos quais passam. Em outra passagem ainda, Piaget (1972c) comenta que: Acima de tudo a maturação não explica tudo, porque a idade média na qual este estágio [sensório-motor] aparece (idade cronológica média) varia grandemente de uma para outra sociedade. O ordenamento desses estágios é constante e tem sido encontrado em todas as sociedades estudadas.
A experiência da criança sensório - motora é praticamente sua interação imediata, através de seus sentidos, com o meio. A experiência de ver objetos e sua busca em vê-los é típica deste estádio e muito colaborativa para as aprendizagens da criança, perdurando até a linguagem.“A inteligência sensório – motora que se caracteriza por ser exclusivamente prática perdura até o aparecimento da linguagem"Ex.: Luíza, nove meses, joga sua bolinha preferida, por vezes repetidas ao chão. O pai se cansa e esconde. A menina ri e a pede de volta, sabendo que ela ainda existe, em outro lugar somente. No momento em que ela percebe um objeto “sumir” e entende que ainda está ali, observa-se evolução neste estádio.
"O pensamento da criança pré-operatória é egocêntrico, o que significa que não é capaz de lidar com idéias diferentes das suas em relação a um determinado tema.”Ex.:Natália dois anos canta uma música e a mãe lhe corrige a nota, ela aceita. Repetindo a canção corretamente. Logo continua a música e a mãe lhe corrige a letra. Natália não aceita. Responde da seguinte forma:- Eu não gosto das tuas coisas! (- Eu não góto das tua coias!)- Que coisas?- A minha música é assim... (-A minha muca é assim.)
No estádio das operações concretas:“A construção da capacidade de reversibilidade do pensamento assinala o ingresso nas operações concretas. A criança torna-se, então, capaz de realizar operações, ou seja, ações mentais, embora limitadas pelo mundo real.”Ex.:Iaramin de 7 anos e seu professor de música estão há algum tempo “treinando” a mão esquerda do violino e direita do arco. Chegado um determinado dia a aluna não quer mais a figura destes objetos feitos à caneta em suas mãos e diz saber exatamente qual é esquerda e direita. A partir desta etapa observa-se o uso prático de lateralidade em suas aplicações diárias. Neste estádio são construídas as aprendizagens de classificação, seriação, peso, volume, conservação física de substâncias e medida." ... na ocasião da passagem para o operatório formal há uma inversão nas relações entre o real e o possível.
O operatório-formal permite trabalhar com o pensamento hipotético-dedutivo e estabelecer relações entre diferentes teorias.No período operatório-formal o sujeito terá à disposição instrumentos oriundos do plano das possibilidades, os quais permitem estabelecer relações entre teorias, produzindo nelas transformações”Ex.:Ítalo, onze anos, aprendeu a tocar a música: And Love Her. Chegando da aula de música tocou-a novamente com algumas partes no agudo. Ele observou que a música ficava mais melancólica e forte. E no grave mais simples e suave.
Este período contempla as transformações que o sujeito provoca nos objetos a partir de suas manipulações.