domingo, 25 de outubro de 2009

Thais Gurgel


"Tem um monstro no meio da história"

Conforme o texto de Thais Gurgel "Tem um monstro no meio da história":

" A distinção entre ficção e erealidade ainda está em desenvolvimento nos anos da Educação Infantil - um aspecto que sempre deve ser considerado nas conversas com os pequenos. Isso se relaciona com uma das caracteristicas mais vivas do pensamento da criança: o sincretismo, ou seja, a liberdade de associar elementos da realidade segundo critérios pessoais, pautados principalmente por afetividade, observação e imaginação."

É interessante então, que não se interrogue se aquilo que a criança contou é verdade ou mentira, mas devemos sim, incentivá-la a contar mais, entrando em sua fantasia.
Normalmente os professores ao ouvirem uma história contada por um aluno sobre violência, já imaginam que a criança está vivendo em um ambiente de brigas em casa, mas nem sempre isso acontece, pode ser apenas ficção. É natural a criança misturar a ficção com realidade para só mais tarde fazer a separação. Outro medo é de que a mentira vá se tornar um hábito na vida da criança. Porém, como afirma Maria Virginia: " Os jogos de contar e a experiência com os usos sociais de comunicação são suficientes para a criança se ater cada vez mais aos fatos vividos em seus relatos". Por isso acho muito importante proporcionar o contato desde cedo da criança com as histórias e estimulá-la na sua oralidade, pois assim terá mais facilidade no seu desenvolvimento da linguagem oral e escrita.
Essa forma de atividade livre de permitir que a criança se expresse contando livremente suas histórias, inventando coisas muitas vezes absurdas, é muito bom para o seu desenvolvimento, às vezes a professora interrompe um aluno para saber se aquilo era mesmo verdade, não deixando que voe a sua imaginação. O professor tem que entrar em suas fantasias, dando corda para que eles se expressem livremente e mostrando sempre que a história que eles estão contando é muito importante.

domingo, 18 de outubro de 2009

Fórum


Convivência

O homem vivendo em sociedade adquire a natureza social, formando e desenvolvendo sua personalidade; levando-o a criar uma cultura, através da qual ele satisfaz as suas necessidades, adaptando-se ao meio ou modificando-o. E mais, vivendo em sociedade, o homem está em permanente interação com seu semelhante, estabelecendo relações sociais, adquirindo consciência grupal, onde o resultado da convivência social, caracterizada por interações mentais e conscientes entre os indivíduos.
É interessante notarmos que o homem é ser social por natureza, sendo que isso só se torna real quando esse está vivendo em sociedade.
Além disso, todo homem nasce como membro de um pequeno grupo, que é a família. Posteriormente esse passa a pertencer a outros grupos, como o de: amizade, de vizinhança, o da escola, da igreja, da cidade, dos grupos profissionais.
Conseqüentemente, tanto do ponto de vista social, como do ponto de vista biológico, a vida social, em grupos e em sociedade, é condição de sobrevivência da espécie humana.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Postagem referente a semana de 05 a 12/10

História narrada por uma menina de 5 anos que freqüenta uma Escola de Educação Infantil.

O Patinho Feio
Uma vez a mamãe dele colocou muitos ovinhos, mas um não abriu, mas quando abriu o patinho era feinho!!!!!! Os irmãozinhos dele gostavam dele, eles eram amiguinhos. Os bichinhos acharam ele feio e a mamãe dele ficava braba, muito braba, por que o filhinho era bonitinho. Ela foi no lago e ensinou os filhinhos a nadar e eles ficavam muito felizes. “Lá na chácara do meu pai também tem patinhos, são bonitinhos” O patinho foi ficando bem grande e aí, ficou muuuuuito bonito, virou um.... (Ela me perguntou: -como é que ele ficou mesmo? Eu respondi: -Seria um cisne?) Então ela continuou: Nossa, virou um cisnão bem grandão e aí todo mundo gostou muito dele e a mamãe ficou muito feliz!

Análise da narrativa
A partir da narração feita por esta menina, ficou claro que para ela, esta história infantil lhe marcou, me disse que foi a sua mãe que havia lhe contado. Quando lhe perguntei se sabia contar outra história, ela me disse que sim, mas que gostava mesmo era desta, tanto foi, que imediatamente após eu lhe pedir que contasse uma história, ela praticamente nem pensou e saiu contando esta.
À medida que ia narrando à história, percebi que era como se estivesse vivendo a mesma, pois fazia muitos gestos e expressões faciais para a descrever. Mostrou-se muito satisfeita quando fez a narrativa do momento em que o patinho havia se tornado cisne.
A criança nesta fase tende a misturar ficção com realidade, com fatos vivenciados por ela. As crianças têm uma imaginação muito fértil e seus pais não devem preocupar-se com estas imaginações criadas pelas crianças, muito menos imaginar que estão mentindo, pois esta é uma fase que ela precisa passar e ir desenvolvendo sua linguagem. Crianças nesta fase adoram e precisam ouvir e contar histórias. A fantasia e a imaginação se fazem muito presentes em suas narrativas. O desenvolvimento da imaginação associa-se diretamente à aquisição da linguagem, que possibilita à criança imaginar um objeto que ela nunca viu antes, ou seja, a criança aprende a separar-se da ação real através de outra ação, desenvolvendo a vontade, a capacidade de fazer escolhas conscientes e operar com situações que levam ao pensamento abstrato. A ação na esfera imaginativa, numa situação de faz-de-conta, permite a criação da intenção voluntária, de planos de vida real e do que se quer ou se quer ser. Estas são marcas infantis e fazem parte da evolução cognitiva.
O contato com o lúdico, com o jogo, com o faz-de-conta, ultrapassa a idéia de diversão e entretenimento e revela sua importância no desenvolvimento do pensar da criança.

domingo, 4 de outubro de 2009

Educação de Jovens e Adultos

EJA

Atualmente no Brasil, a alfabetização de pessoas jovens e adultas, é uma realidade concreta. Várias instâncias dos poderes públicos estão desempenhando ações que venham a contemplar os ainda milhares de analfabetos existentes no país. Dessa maneira, sabe-se que os desafios empreendidos pelas diversas propostas de alfabetização são difíceis, necessitando um estudo mais específico da conjuntura que levou esses indivíduos a essa condição, pois o analfabeto já possui muitas representações sociais culturalmente construídas ao longo da sua história, assim pensar a alfabetização de pessoas não letradas é refletir os princípios que regem sua condição de analfabeto.
Nessa perspectiva, a trajetória empreendida pelo alfabetizando na tentativa de se apoderar e dominar a leitura e escrita, perpassa por todas as representações sociais e culturais adquiridas pelo mesmo no ambiente social o qual está inserido. Essas representações oportunizam aos alfabetizadores um leque de experiências trazidas pelos alunos, que podem ser utilizadas para a construção e elaboração dos conteúdos ministrados em sala de aula, pois todas às experiências vivenciadas por eles dever ser validadas como algo de extrema relevância, o que facilitará a apreensão dos conhecimentos.