segunda-feira, 7 de dezembro de 2009


Reta final...
Mais um semestre chegando ao fim...

Temos ainda a atividade sobre as arquteturas pedagógicas para realizar, fazer ajustes em outras... e por fim... Preparar o portfólio final: a proposta para a realização do 7º Workshop de Avaliação apresenta três questões. Essas questões visam a exploração de convergências conceituais e/ou metodológicas que resultam do trabalho nas diferentes interdisciplinas.

Vou me concentrar para preparar o trabalho do Seminário Integrador, pois o portfolio já está postado a primeira versão, porém sem comentários ainda. Estou ansiosa e a espera!!! Espero que esteja tudo a contento, pois estou muito cansada com todos os compromissos com a faculdade e com o término de mais um ano letivo e tudo que isto implica.

domingo, 22 de novembro de 2009

Temas Geradores

Paulo Freire em relação à alfabetização de adultos

Bem, ao trabalharmos temas geradores na “perspectiva freiriana”, podemos perceber a grande preocupação de Paulo Freire na defesa de ensinar a partir do conhecimento do aluno, construindo seu aprendizado através de experiências de vida e do conhecimento do meio em que o aluno vive. Ou seja, se anteriormente aprendia-se de acordo com formalidades de uma educação que partia de princípios onde os educadores acomodavam-se em uma forma abstrata de pensamento, onde apenas juntavam-se sílabas formando palavras, frases e leituras sem nenhuma ligação do aluno com o que estavam aprendendo, era como que uma aprendizagem envolta a decorar e não a aprender, apenas preocupando-se com conteúdos e não com a prática do conhecimento. Hoje vivemos uma educação que foi reformulada, desenvolvemos o pensamento do aluno, onde ele possa perceber o que escreve, o que lê ligando ao que ele vive, a sua realidade. Paulo Freire ao contemplar uma visão de educação ligando ao contexto social, não quis apenas modificar a forma de ensinar, mas sim fazer com que as pessoas aprendessem tentando modificar para melhor o mundo, criticando e melhorando através da problematização e da busca por soluções. Ao aprender através de mecanismos que se desenvolvam a partir da prática e não do decorar conteúdos, podemos levar o aprendizado além de apenas acumular informações, mas sim aprender transformando nossa prática em um conhecimento que ficará imortal. O aluno quando não está ligado ao que aprende, dificilmente levará esse aprendizado para sua vida a fora, pois para que tenha um significado importante o aprendizado precisa de uma ligação com a prática e com a importância deste aprendizado para a vida deste aluno. A frase de Freire: “Pensávamos numa alfabetização que fosse em si um ato de criação, capaz de desencadear outros atos criadores” (Paulo Freire, Educação como prática da liberdade, 1971), demonstra sua preocupação na aprendizagem que faça com que o aluno crie e que seja capaz de criar ainda mais, mas para que isso seja possível devemos dar a esse aluno a chance de criar, modificando seu pensamento, tornando-o crítico, capaz de pensar por sua própria conta, resolvendo seus próprios problemas, idealizando um mundo melhor onde tenha um espaço seu.

sábado, 14 de novembro de 2009

Unidade 3 - LIBRAS

Educação de surdos

Lendo os textos da unidade 3 da interdisciplina de LIBRAS, me chamou atenção para uma questão: o quão importante é para a criança surda conhecer a LIBRAS como sua primeira língua para, depois, aprender a ler, escrever, etc. Como fala no texto: “propor o fim da política de inclusão-integração escolar, pois ela trata o surdo como deficiente e, por outro lado, leva ao fechamento de escolas de surdos e/ou ao abandono do processo educacional pelo aluno surdo”.
Acho muito importante o convívio dos surdos com outros surdos. É onde conseguem fazer prevalecer sua identidade, cultura e o respeito à diferença surda. Quando chega na escola uma criança surda, cria-se um pavor entre os docentes, pois os mesmos não tem preparação nenhuma para trabalhar com alunos com este tipo de deficiência Isso é bem complicado para todos enquanto escola, pois são totalmente desqualificados para esse “tipo” de aluno e para ele também, sendo que, ás vezes, não consegue ser entendido(até dentro da sua própria família).

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O Menino Selvagem

Postagem referente ao dia 08/11/09

Relações interpessoais, convívio, intercâmbio de saberes... fatores imprescindíveis para o pleno desenvolvimento humano.

A interdisciplina de Libras, através do estudo do filme “O Menino Selvagem”, me colocou em situações de reflexão sobre as especificidades do comportamento humano. O filme retrata experiências de uma criança que, vivendo isolada por anos junto com os lobos, retrai suas capacidades de comunicação adquirindo comportamento puramente selvagem.
Este estudo me levou a interdisciplina de Ed. Especial, proferida no semestre passado onde estudamos sobre a importância das relações interpessoais entre os sujeitos e das múltiplas experiências para a redução das barreiras impostas pela deficiência.
No caso da surdez ou deficiência auditiva, a necessidade da comunicação é fundamental para que a criança desenvolva suas capacidades cognitivas não apenas para se fazer entender como também pra compreender o que lhe dizem.
O filme mostra a existência de uma Instituição Nacional de “Surdos-Mudos”, para onde eram levadas as crianças surdas da época, no século XVIII. Este local funcionava como um “depósito” para crianças anormais ou doentes, um ambiente onde os pais pudessem deixar seus filhos surdos, em segurança, mas sem se comprometer com sua educação. Deste modo, estas crianças ficavam sem a preciosa oportunidade de conviverem em família, utilizando e criando formas para se comunicar, para se fazer entender.
Antigamente, existia uma cobrança muito grande no sentido de ensinar ou “treinar” o surdo para falar desprezando e até punindo qualquer forma de comunicação por sinais. Atualmente a concepção é outra, a população e os governos, bem como, a próprio surdo, vem atribuindo maior importância ao uso da língua de sinais na construção da(s) sua identidade(s), ou seja, já vem se percebendo que este grupo de pessoas possui uma língua que foi criada e é utilizada por uma comunidade especifica de usuários.
É por isso, que atualmente não vimos mais nas escolas professores obrigando alunos surdos a terem que se adequar à oralidade dos não surdos. Hoje, com toda a pedagogia e a movimentação entorno da inclusão, temos escolas e profissionais procurando se aperfeiçoar em Libras. Como incentivo muitas entidades não governamentais, bem como, o estado e seus municípios vem buscando colocar em suas áreas de curso, a Língua Brasileira de Sinais e assuntos ligados a identidade Surda. Isto, num passado não muito distante, nem se ouvia falar e as possibilidades de se encontrar um curso voltado para esta área eram muito raras.
O estudo desta unidade nos coloca a importância da inclusão, da cooperação no sentido de operar junto, e mais uma vez reforça a idéia de que a convivência, os momentos de troca são fundamentais para o pleno desenvolvimento humano.

domingo, 1 de novembro de 2009

Projetos de Aprendizagem



Projetos de Aprendizagem

Baseada no que estudamos e lemos sobre os projetos de aprendizagem, acredito que o trabalho com projetos é uma forma inovadora de ensinar, ou seja, é uma maneira nova de se compreender o processo de ensino-aprendizagem. Em vista disto ele possui definições distintas, que se baseiam em experiências vivenciadas pelos professores e alunos que desenvolvem e participam de projetos.
Todo projeto é um processo criativo para os alunos e professores, o qual permite ricas relações entre ensino e aprendizagem e, sobretudo uma concepção de aprendizagens globalizadores, que certamente não passa por superposição de atividades.
É importante ressaltar que o projeto deve respeitar a particularidade e a individualidade das características presentes em cada faixa etária. Este, pode ser utilizado nos diferentes níveis de escolaridade, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Em cada grupo de ensino essa proposta pedagógica irá deparara com as especificidades do grupo etário, da realidade circundante, das experiências anteriores de alunos e professores.
Portanto, o projeto pode ser realizado respeitando as características de cada grupo etário e as suas necessidades.
O estudo sobre projetos contribui para a nossa formação como educadores, pois é relevante ter a clareza e a compreensão de que o aluno tem a possibilidade de construir a sua aprendizagem, ou seja, que ele possa realmente fazer parte do processo de ensino-aprendizagem, como um ser participativo e critico, e não mais como alguém que somente recebe e armazena conhecimento sem significado para ele.
Para isso, se faz necessário que haja uma adaptação ou alteração das posturas pedagógicas adotadas pelos professores/ educadores, que muitas vezes não correspondem às necessidades e interesses das crianças.
A Pedagogia de Projetos é um caminho para transformar o espaço escolar em um espaço aberto à construção de aprendizagens significativas para todos que dele participam.
Com base na definição citada acima, pode-se dizer que com a introdução dos projetos nas escolas, o conceito de educação de uma escola e dos seus educadores abre um leque de possibilidades e informações, que irão contribuir no processo de ensino- aprendizagem. O que tornará a aprendizagem mais significativa, prazerosa e principalmente mais próxima do aluno.

domingo, 25 de outubro de 2009

Thais Gurgel


"Tem um monstro no meio da história"

Conforme o texto de Thais Gurgel "Tem um monstro no meio da história":

" A distinção entre ficção e erealidade ainda está em desenvolvimento nos anos da Educação Infantil - um aspecto que sempre deve ser considerado nas conversas com os pequenos. Isso se relaciona com uma das caracteristicas mais vivas do pensamento da criança: o sincretismo, ou seja, a liberdade de associar elementos da realidade segundo critérios pessoais, pautados principalmente por afetividade, observação e imaginação."

É interessante então, que não se interrogue se aquilo que a criança contou é verdade ou mentira, mas devemos sim, incentivá-la a contar mais, entrando em sua fantasia.
Normalmente os professores ao ouvirem uma história contada por um aluno sobre violência, já imaginam que a criança está vivendo em um ambiente de brigas em casa, mas nem sempre isso acontece, pode ser apenas ficção. É natural a criança misturar a ficção com realidade para só mais tarde fazer a separação. Outro medo é de que a mentira vá se tornar um hábito na vida da criança. Porém, como afirma Maria Virginia: " Os jogos de contar e a experiência com os usos sociais de comunicação são suficientes para a criança se ater cada vez mais aos fatos vividos em seus relatos". Por isso acho muito importante proporcionar o contato desde cedo da criança com as histórias e estimulá-la na sua oralidade, pois assim terá mais facilidade no seu desenvolvimento da linguagem oral e escrita.
Essa forma de atividade livre de permitir que a criança se expresse contando livremente suas histórias, inventando coisas muitas vezes absurdas, é muito bom para o seu desenvolvimento, às vezes a professora interrompe um aluno para saber se aquilo era mesmo verdade, não deixando que voe a sua imaginação. O professor tem que entrar em suas fantasias, dando corda para que eles se expressem livremente e mostrando sempre que a história que eles estão contando é muito importante.

domingo, 18 de outubro de 2009

Fórum


Convivência

O homem vivendo em sociedade adquire a natureza social, formando e desenvolvendo sua personalidade; levando-o a criar uma cultura, através da qual ele satisfaz as suas necessidades, adaptando-se ao meio ou modificando-o. E mais, vivendo em sociedade, o homem está em permanente interação com seu semelhante, estabelecendo relações sociais, adquirindo consciência grupal, onde o resultado da convivência social, caracterizada por interações mentais e conscientes entre os indivíduos.
É interessante notarmos que o homem é ser social por natureza, sendo que isso só se torna real quando esse está vivendo em sociedade.
Além disso, todo homem nasce como membro de um pequeno grupo, que é a família. Posteriormente esse passa a pertencer a outros grupos, como o de: amizade, de vizinhança, o da escola, da igreja, da cidade, dos grupos profissionais.
Conseqüentemente, tanto do ponto de vista social, como do ponto de vista biológico, a vida social, em grupos e em sociedade, é condição de sobrevivência da espécie humana.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Postagem referente a semana de 05 a 12/10

História narrada por uma menina de 5 anos que freqüenta uma Escola de Educação Infantil.

O Patinho Feio
Uma vez a mamãe dele colocou muitos ovinhos, mas um não abriu, mas quando abriu o patinho era feinho!!!!!! Os irmãozinhos dele gostavam dele, eles eram amiguinhos. Os bichinhos acharam ele feio e a mamãe dele ficava braba, muito braba, por que o filhinho era bonitinho. Ela foi no lago e ensinou os filhinhos a nadar e eles ficavam muito felizes. “Lá na chácara do meu pai também tem patinhos, são bonitinhos” O patinho foi ficando bem grande e aí, ficou muuuuuito bonito, virou um.... (Ela me perguntou: -como é que ele ficou mesmo? Eu respondi: -Seria um cisne?) Então ela continuou: Nossa, virou um cisnão bem grandão e aí todo mundo gostou muito dele e a mamãe ficou muito feliz!

Análise da narrativa
A partir da narração feita por esta menina, ficou claro que para ela, esta história infantil lhe marcou, me disse que foi a sua mãe que havia lhe contado. Quando lhe perguntei se sabia contar outra história, ela me disse que sim, mas que gostava mesmo era desta, tanto foi, que imediatamente após eu lhe pedir que contasse uma história, ela praticamente nem pensou e saiu contando esta.
À medida que ia narrando à história, percebi que era como se estivesse vivendo a mesma, pois fazia muitos gestos e expressões faciais para a descrever. Mostrou-se muito satisfeita quando fez a narrativa do momento em que o patinho havia se tornado cisne.
A criança nesta fase tende a misturar ficção com realidade, com fatos vivenciados por ela. As crianças têm uma imaginação muito fértil e seus pais não devem preocupar-se com estas imaginações criadas pelas crianças, muito menos imaginar que estão mentindo, pois esta é uma fase que ela precisa passar e ir desenvolvendo sua linguagem. Crianças nesta fase adoram e precisam ouvir e contar histórias. A fantasia e a imaginação se fazem muito presentes em suas narrativas. O desenvolvimento da imaginação associa-se diretamente à aquisição da linguagem, que possibilita à criança imaginar um objeto que ela nunca viu antes, ou seja, a criança aprende a separar-se da ação real através de outra ação, desenvolvendo a vontade, a capacidade de fazer escolhas conscientes e operar com situações que levam ao pensamento abstrato. A ação na esfera imaginativa, numa situação de faz-de-conta, permite a criação da intenção voluntária, de planos de vida real e do que se quer ou se quer ser. Estas são marcas infantis e fazem parte da evolução cognitiva.
O contato com o lúdico, com o jogo, com o faz-de-conta, ultrapassa a idéia de diversão e entretenimento e revela sua importância no desenvolvimento do pensar da criança.

domingo, 4 de outubro de 2009

Educação de Jovens e Adultos

EJA

Atualmente no Brasil, a alfabetização de pessoas jovens e adultas, é uma realidade concreta. Várias instâncias dos poderes públicos estão desempenhando ações que venham a contemplar os ainda milhares de analfabetos existentes no país. Dessa maneira, sabe-se que os desafios empreendidos pelas diversas propostas de alfabetização são difíceis, necessitando um estudo mais específico da conjuntura que levou esses indivíduos a essa condição, pois o analfabeto já possui muitas representações sociais culturalmente construídas ao longo da sua história, assim pensar a alfabetização de pessoas não letradas é refletir os princípios que regem sua condição de analfabeto.
Nessa perspectiva, a trajetória empreendida pelo alfabetizando na tentativa de se apoderar e dominar a leitura e escrita, perpassa por todas as representações sociais e culturais adquiridas pelo mesmo no ambiente social o qual está inserido. Essas representações oportunizam aos alfabetizadores um leque de experiências trazidas pelos alunos, que podem ser utilizadas para a construção e elaboração dos conteúdos ministrados em sala de aula, pois todas às experiências vivenciadas por eles dever ser validadas como algo de extrema relevância, o que facilitará a apreensão dos conhecimentos.

sábado, 26 de setembro de 2009

Alfabetização e a Pedagogia do Empowerment Político


Alfabetização como Forma de Política Cultural
Somente quem vive a realidade da escola pública consegue entender como se aplica esse capítulo do texto. Diariamente ouvimos reclamações de colegas e de alunos, um reclamando do outro, que não atendem aos seus anseios.
Ainda há a insistência num currículo inflexível e totalmente isolado entre as disciplinas, com conteúdos sem a menor relevância e utilidade. Pensar a alfabetização como forma de política cultural é definí-la sob o olhar freiriano, com uma leitura de mundo e da palavra. É analisar como ocorrem e se constroem as relações no interior da escola. É compreender que o conhecimento ocorre no momento em que professor e aluno se encontram em sala de aula, dando importância as próprias vidas e experiências. A alfabetização política cultural exige repensar o currículo compreendendo-o como um instrumento que representa um conjunto de interesses que devem ser postos, examinados e debatidos criticamente e que permita que as diversas vozes escolares sejam ouvidas, confirmando e legitimando as experiências que dão sentido às próprias vidas.
Uma alfabetização crítica e de voz exalta a pluralidade e tem sua força na comunidade humana e nas relações sociais. Os educadores críticos constroem suas próprias vozes examinando com cuidado os interesses sociais e políticos que a conduzem, são, portanto, educadores e também educandos. Tem em sala de aula condições para análise, identificação e problematização das diversas maneiras de ver o outro e o mundo e cultivam as diferenças e semelhanças. Por fim, alfabetização política cultural exige repensar o currículo compreendendo-o como um instrumento que representa um conjunto de interesses que devem ser postos, examinados e debatidos criticamente e que permita que as diversas vozes escolares sejam ouvidas, confirmando e legitimando as experiências que dão sentido às próprias vidas.

sábado, 19 de setembro de 2009

Letramento social X Letramento escolar

Reflexões a partir do texto: “Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola” (KLEIMAN, 2006).

Letramento social X Letramento escolar

Por que a autora afirma que a escola, sendo a mais importante agência de letramento, não se preocupa com o letramento social e sim apenas com um tipo de letramento, o escolar?

Ângela B. Kleiman (2006), afirma que a escola, sendo a mais importante agencia de letramento, não se preocupa com o letramento social e sim com um tipo de letramento, o escolar, porque a ela foi concebido historicamente este papel, o de direcionar seu trabalho unicamente para o processo de aquisição de códigos (alfabético, numérico) o que foi por muito tempo, suficiente para diferenciar o alfabetizado do analfabeto. Cabe ressaltar que são sobre estas competências, que até hoje se avalia o sucesso ou o fracasso do aluno na escola, associando a aquisição da escrita ao desenvolvimento cognitivo.Os estudos da autora revelam que o modelo que determina as práticas escolares é o modelo autônomo de letramento, que considera a aquisição da escrita como um processo neutro que, deve promover atividades necessárias para desenvolver no aluno, a capacidade de interpretar e escrever e, neste sentido adverte: “os correlatos cognitivos da aquisição da escrita na escola devem ser entendidos em relação às estruturas culturais e de poder que o contexto de aquisição da escrita na escola representa.” (2006, p. 39)Podemos observar que existem inúmeras práticas sociais onde vários agentes mediadores transmitem saberes e características próprias de uma cultura. A TV, a igreja, o local de trabalho, a família dentre outros, são agentes com muita influencia no aprendizado e letramento dos indivíduos. Assim, não somente o professor, nem só a escola, embora estes sejam agentes privilegiados pela sistemática planejada e intencionalidade assumida, são praticas de aprendizagem e letramento.
Para Street, o que cada sociedade considera como práticas particulares de letramento e quais os conceitos de leitura e escrita utilizados nessas práticas dependem do contexto (1984, p.01). Nesse sentido, pesquisas sobre letramento na escola devem considerar as especificidades dos usos da leitura e da escrita nesse contexto, influenciados pelas marcas da cultura escolar. A sala de aula, espaço de circulação e de construção de práticas de letramento, deve ser compreendida no sentido atribuído por Collins & Green (1992): um espaço “culturalmente constituído”, através dos padrões e práticas construídas pelos sujeitos participantes do processo interacional para que assim seja possível alfabetizar letrando.

Paulo Freire:
"O ato de ler e escrever deve começar a partir de uma compreensão muito abrangente do ato de ler o mundo, coisa que os seres humanos fazem antes de ler a palavra. Até mesmo historicamente, os seres humanos primeiro mudaram o mundo, depois revelaram o mundo e a seguir escreveram as palavras".
Ler e escrever são atividades altamente complexas que envolvem o conhecimento de linguagens sociais (cf. BAKHTIN, 1998, p.154-155) que historicamente e culturalmente foram se organizando oralmente e por escrito, por meio de recursos expressivos, como modos de dizer os conhecimentos das diferentes esferas sociais criadas pelo homem. As linguagens sociais apresentam os conhecimentos das esferas de conhecimento com sintaxes e repertórios lexicais que as caracterizam, associadas a gêneros do discurso que foram se elaborando para dar conta das necessidades humanas nas situações sociais.
É fundamental compreender que, na formação de cada cidadão bem como de um povo, a leitura é de máxima importância, representando um papel essencial, pois se revela como uma das vias no processo de construção do conhecimento, como fonte de informação e formação cultural.

domingo, 13 de setembro de 2009

Mapas Conceituais


Utilização de Mapas Conceituais na Educação

São utilizados para auxiliar a ordenação e a seqüenciação hierarquizada dos conteúdos de ensino, de forma a oferecer estímulos adequados ao aluno. Mapas Conceituais podem ser usados como um instrumento que se aplica a diversas áreas do ensino e da aprendizagem escolar, como planejamentos de currículo, sistemas e pesquisas em educação.
A proposta de trabalho dos Mapas Conceituais está baseada na idéia fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel que estabelece que a aprendizagem ocorre por assimilação de novos conceitos e proposições na estrutura cognitiva do aluno. Novas idéias e informações são aprendidos, na medida em que existem pontos de ancoragem. Aprendizagem implica em modificações na estrutura cognitiva e não apenas em acréscimos. Segundo esta teoria, os seguintes aspectos são relevantes para a aprendizagem significativa:
-As entradas para a aprendizagem são importantes.
-Materiais de aprendizagem deverão ser bem organizados.
-Novas idéias e conceitos devem ser "potencialmente significativos" para o aluno.
-Fixando novos conceitos nas já existentes estruturas cognitivas do aluno fará com que os novos conceitos sejam relembrados.
Nesta perspectiva parte-se do pressuposto que o indivíduo constrói o seu conhecimento partindo da sua predisposição afetiva e seus acertos individuais. Estes mapas servem para tornar significativa a aprendizagem do aluno, que transforma o conhecimento sistematizado em conteúdo curricular, estabelecendo ligações deste novo conhecimento com os conceitos relevantes que ele já possui.
Esta teoria da assimilação de Ausubel, como uma teoria cognitiva, procura explicar os mecanismos internos que ocorrem na mente dos seres humanos. A referida teoria dá ênfase à aprendizagem verbal, por ser esta predominante em sala de aula. Incluídas na aprendizagem significativa estão a aprendizagem por recepção e a por descoberta.
Como uma ferramenta de aprendizagem, o mapa conceitual é útil para o estudante, por exemplo, para:
*Fazer anotações
*Resolver problemas
*Planejar o estudo e/ou a redação de grandes relatórios
*Preparar-se para avaliações
*Identificar a integração dos tópicos
Para os professores, os mapas conceituais podem constituir-se em poderosos auxiliares nas suas tarefas rotineiras, tais como:
*Tornar claro os conceitos difíceis, arranjandos em uma ordem sistemática
*Auxiliar os professores a manterem-se mais atentos aos conceitos chaves e às relações entre eles
*Auxiliar os professores a transferir uma imagem geral e clara dos tópicos e suas relações para seus estudantes
*Reforçar a compreensão e aprendizagem por parte dos alunos
*Permitir a visualização dos conceitos chave e resumir suas inter-relações
*Verificar a aprendizagem e identificar conceitos mal compreendidos pelos alunos
*Auxiliar os professores na avaliação do processo de ensino
*Possibilitar aos professores avaliar o alcance dos objetivos pelos alunos através da identificação dos conceitos mal entendidos e dos que estão faltando

Segundo KAWASAKI (1996), é importante:
*Escolher o tema a ser abordado
*Definir o objetivo principal a ser perseguido
*Definir a apresentação dos tópicos, colocando-os numa seqüência hierarquizada com as interligações necessárias
*Dar conhecimento ao aluno do que se espera quanto ao que ele poderá ser capaz de realizar após a utilização do processo de aprendizagem
*Permitir sessões de feedback, de modo que ao aluno seja possível rever seus conceitos, e ao professor avaliar o instrumento utilizado, de modo a enfatizar sempre os pontos mais relevantes do assunto, mostrando onde houve erro e promovendo recursos de ajuda.
fonte:http://penta2.ufrgs.br/edutools/mapasconceituais/utilizamapasconceituais.html

*Esta é a minha terceira postagem.

Lingua Brasileira de Sinais


A língua natural dos deficientes auditivos
A LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) é uma estrutura lingüística de modalidade espaço-visual e completa como qualquer outra língua. É uma língua natural dos deficientes auditivos e cada país apresenta a sua.
A LIBRAS foi baseada na Língua de Sinais Francesa. Como acontece em toda a língua, com a Libras também não poderia ser diferente, apresenta expressões que diferem de região para região (os regionalismos), mantendo a legitimidade de língua. Para se comunicar através dessa língua, existe um estudo que ensina os sinais a partir de combinações, movimentos, entre outros, que são realizados no momento da comunicação. Conheça alguns dos parâmetros utilizados e como ocorre esse processo de comunicação:
• A configuração das mãos se dá através da datilologia (alfabeto manual), bem como outras formas que são realizadas pela mão predominante ou, em alguns casos, pelas duas. Certas letras são usadas várias vezes para expressar uma determinada palavra, porém, se diferem pelo ponto no corpo em que é expresso. • O ponto de articulação é simbolizado através do local onde incide a mão predominante, ou seja, o local onde é feito o sinal.
• O movimento da mão pode existir ou não, dependendo do sinal que irá representar.
• A expressão facial é essencial para a compreensão real do sinal, pois na língua de sinais a entonação é realizada através da expressão facial.
• Os sinais seguem determinadas orientações e direções. Por exemplo, ao expressar o verbo IR e VIR, as direções são opostas. Ao se comunicar através da LIBRAS, assim como as demais línguas, é necessário conhecer principalmente a sua estrutura gramatical e não somente os símbolos de uma forma solta.
* Esta é a minha segunda postagem.

Introdução à Didática


O Menininho
Achei muito interessante como o texto sobre o menininho tem uma relação muito próxima com a nossa realidade dentro da sala de aula. Depois de lê-lo, me perguntei se muitos de nós, professores, não somos um pouco como esta professora do menininho. Talvez, isto seja feito até mesmo inconsciente, pensando muitas vezes estar ajudando e não se dando conta dos malefícios do nosso ato.
A professora fazia com que ele fizesse apenas o que ela "achava"ser o certo, sem preocupar-se com a sua criatividade, natural das crianças, ou o que havia de grandioso na realização desta atividade feita pelo aluno. Nós, professores, temos um poder grandioso em nossas mãos, uma enorme responsabilidade ao conduzir certas situações dentro das nossas salas de aula. Somos capazes de levar um indivíduo para cima, fazendo-o crescer, ou levá-lo para baixo, tão baixo que ele se sinta sem condições de realizar qualquer coisa por si só. Nossa responsabilidade é muito grande.

*Esta é a minha primeira postagem.

domingo, 21 de junho de 2009

Ainda sobre Inclusão


Quando as posturas forem modificadas, a inclusão se dará de fato, do contrário não. Acredito que só acontecerá a inclusão quando esta for feita por direito e não por dever. Nada acontece por imposição de uma lei, de uma obrigação. Todas as crianças têm direito a escola sim, porém esta inclusão deve ser feita com responsabilidade, pensando no progresso desta criança, nos seus limites e sendo respeitada em sua individualidade. Sabemos que são muitas as adequações a serem feitas. Seja na escola, no nosso interior, em uma sociedade excludente e até mesmo no nosso olhar sobre estas crianças.
A partir da agora irei ficar mais focada na realização do meu portfólio para a apresentação do workshop, terei que usar todos os momentos que puder para a realização desta tarefa que não é fácil e requer muitas leituras.

domingo, 14 de junho de 2009

Kant - Sobre a Pedagogia


Kant inicia a obra Sobre a Pedagogia afirmando que "o ser humano é a única criatura que precisa ser educada". Segundo ele, o homem não pode se tornar um verdadeiro homem senão pela educação, sendo o indivíduo aquilo que a educação o torna. Ao contrário do animal que, pelo seu instinto, desde que nasce já é tudo o que pode vir a ser, o homem originariamente não é nada, embora tenha sempre a possibilidade de vir a ser múltiplas coisas, e por ser detentor exclusivo da liberdade tem uma multiplicidade infinita de caminhos para seguir. Isso significa dizer que o homem em si mesmo não é nada, mas pela sua liberdade pode tornar-se infinitas coisas. Por não ser capaz de desenvolver sozinho suas potencialidades, o ser humano necessita ser moldado pela educação para que possa vir a utilizar as suas possibilidades infinitas.
A educação sob a perspectiva kantiana implica fundamentalmente em dois momentos, que são a disciplina, o que ele vai chamar de parte negativa e, a instrução, parte positiva da educação. Diferente dos demais animais, cuja finalidade da existência está pré-estabelecida pela natureza, o homem deve estabelecer por si mesmo o projeto de sua existência e, para isso ele não pode abrir mão da racionalidade. Por não conseguir fazer isso por conta própria e de modo imediato, torna-se indispensável a presença do outro que tenha sido educado e o eduque. A saber, uma geração educa a outra no intuito de desenvolver as disposições naturais existentes no ser humano, o qual ainda não possui a noção de moralidade. Estas disposições, entretanto, só podem ser desenvolvidas em seu pleno sentido visando à espécie humana como um todo, de forma que "A espécie humana é obrigada a extrair de si mesma pouco a pouco, com suas próprias forças, todas as qualidades naturais, que pertencem à humanidade. Uma geração educa outra" (Kant, 2006, pág.12).

domingo, 7 de junho de 2009

Aula Presencial III - Mapa Conceitual


Este trabalho sobre mapa conceitual foi realizado na aula do dia 26/05/09. As componentes do grupo foram: Ana Beatriz, Beatriz, Celma, Cristina e Eliete. Aparecem na foto: Cristina e eu (Eliete).
Esta abordagem dos mapas conceituais está embasada em uma teoria construtivista, entendendo que o indivíduo constrói seu conhecimento e significados a partir da sua predisposição para realizar esta construção. Servem como instrumentos para facilitar o aprendizado do conteúdo sistematizado em conteúdo significativo para o aprendiz. A atividade foi boa de realizar, mas o problema é que o exemplo final de mapa conceitual é, na verdade, um mapa mental já que as frases de ligação não estão presentes. Em um Mapa Conceitual essas frases sempre existem indicando a relação entre os conceitos. Além disso, nas frases sempre deve existir um verbo conjugado que dá sentido ao que queremos representar.

domingo, 31 de maio de 2009

Educação Após Auschwitz


Em Filosofia, foi bastante desafiador o texto que trabalhamos do filósofo alemão Theodor Adorno (1903-1969) intitulado "Educação após Auschwitz" que começa com a seguinte frase, expressão de um princípio moral: “Para a educação, a exigência que Auschwitz não se repita”. É um texto que alinha moralidade, política e educação a partir deste evento terrível do século XX: o Holocausto.Tive que ler várias vezes, para poder entendê-lo adequadamente fim de realizar a atividade solicitada.

Educação após Auschwitz
Neste Ensaio, Adorno vincula a educação como instrumento de formação de pessoas que podem cometer atrocidades a serviço de um sistema xenofóbico, neste caso foi um exército liderado e “condicionado” por um só homem, deixando danos e marcas irreparáveis em uma população que desconhecia a aversão de seus algozes e o motivo pelo qual estavam sendo massacradas. É doloroso termos a consciência de que as atrocidades praticadas em Auschwitz, onde humanos aniquilavam humanos, atos justificados por uma crueldade intolerável à diversidade racial e cultural, foram praticados por outros indivíduos que se consideravam humanos, e que tiveram a intenção e inteligência para elaborar e executar estas atitudes abomináveis.
O mais assustador disso, é que a própria sociedade “educou” esses homens, de que maneira? De acordo com Adorno: A educação só teria sentido como educação para a auto-reflexão e crítica, então concluo que estas pessoas não foram educadas para pensar em seus atos, e sim a seguirem um único padrão de comportamento, o condicionamento, onde um que se intitulava superior elaborou todo o processo. O autor ainda considera a falência da cultura e da educação a razão desta barbárie, onde elas deixaram de ser importantes e prioritárias para o governo e a sociedade civil. Será que mudou muito desta época para cá?
Hoje estas atitudes são comuns em muitos jovens, podemos até chamar de formadores de “exército”, são as gangs, grupos, bondes, a cada dia surge um termo diferente, em que o contexto é o mesmo, a incitação à crueldade. Com esta leitura, percebe-se um processo de barbárie em diversos setores da nossa sociedade, esta mesma que tanto abomina Auschwitz: a falta de respeito para com o próximo, a falta de vergonha, atitudes discriminatórias e dogmáticas do pensamento e ação, indiferença diante do sofrimento do outro, a recusa em reexaminar suas ações e posicionamento frente a situações diversas, incapacidade de conviver com as diferenças culturais e raciais, a certeza da impunidade e de que a própria lei da vantagem e do mais esperto impera, são alguns dos sintomas de barbárie que fazem parte do nosso cotidiano social e educacional.
Seguindo a preocupação de Adorno, o que fazer para evitar que Auschwitz volte e se repetir na sociedade humana? Minha opinião é que exploremos muito este episódio da nossa história, em todos os seus detalhes sórdidos, o autor diz que não sepultá-lo e questioná-lo, é uma maneira de evitar sua repetição. Não podemos fechar os olhos e nem nos sentir envergonhados pelo que houve e sim, hoje, buscar através da educação uma mudança de comportamento através de conscientização de seus próprios atos, auto-reflexão crítica e debates esclarecedores sobre estes acontecimentos que há bem pouco tempo ocorreram contra a nossa humanidade, isso cabe a nós enquanto educadores, acadêmicos e cidadãos ativar este processo.
Com base no que houve em Auschwitz, com a mentalidade da população atual e a necessidade iminente e urgente em modificar a maneira de agir e pensar das pessoas percebe-se que a educação apresenta dois lados, o bem e o mal, e é conforme a consciência, e porque não dizer a inconsciência também destas pessoas, que proporcionarão a mudança, da qual teremos os resultados, para um lado ou de outro, nos resta ficarmos atentos a estas alterações.
Nossos jovens, e também os mais experientes, se vislumbram com este mundo globalizado, onde a ideologia capitalista esmaga valores sociais e éticos, o imediatismo e o individualismo crescem entre as pessoas, fazendo com que a população corra sérios riscos.
Então me pergunto, será que somente a educação pode fazer algo pelas pessoas? O que são os verdadeiros valores que temos que cultivar e como fazer isso? Quais são e como plantar as sementes para que as pessoas sejam mais humanas e não desumanas? Não é só Adorno que se preocupava com estas questões, eu enquanto pessoa, mãe, amiga, cidadã e educadora também me faço estes questionamentos. Acompanhando tudo o que ocorre no mundo, longe, ao nosso redor, em outro país, no bairro vizinho, no nosso, na casa ao lado e principalmente em nossa sala de aula, sinto medo e muita preocupação de que novos Hitlers e uma nova barbárie encontrem um terreno fértil para se instalar. Outras perguntas pairam e intrigam: onde estaria a falha na formação daqueles homens que se prestaram a tamanha crueldade; o que a sociedade, a família e a escola fizeram para que estas atitudes fossem consideradas corretas por estas pessoas; o que aconteceu com eles enquanto filhos, irmãos, pais e “seres humanos”?
A sociedade precisa trabalhar junta e unida para não retroceder no tempo. Com o descontrole e abandono da sociedade familiar, as crianças estão buscando na sociedade da rua, minis-Auschwitz, os valores existentes, ou seja, a violência desmedida, falta de limites, a agressão verbal e física, indiferença com o outro e si próprio, fazendo deles seus parâmetros de vida, repassando tudo a quem está ao seu lado, sem medir nem se preocupar com as conseqüências de seus atos. Quando chegam à sociedade educacional, se deparam com outra violência ocasionada por suas próprias atitudes anteriores, as escolas parecem prisões, prédios danificados, frios e sem vida, gradeados até o teto, salas sem ventilação em decorrência da destruição de materiais e lotadas de... vou usar um termo que Adorno utilizou, “coisas”, ou seriam “pessoas”? Será que um ambiente assim pode despertar a criatividade, a sensibilidade e fazer com que alguém seja reflexivo e autocrítico para que realmente haja uma aprendizagem transformadora? Como criar um vínculo que valorize as diferenças e resgata a identidade perdida? Como modificar este ambiente? A escola deve ser solidária, humana, um espaço de socialização, para uma convivência harmoniosa com o objetivo de preservar a vida.
Adorno cita neste ensaio, que o esporte é um dos pontos para que os jovens se integrem no processo de humanização, para que Auschwitz não retorne, é através dele que irão desafiar seus limites, trabalhar a tolerância e suas frustrações frente às derrotas, tudo isso essencial para o amadurecimento emocional.
Mas como já citei anteriormente, a sociedade deve travar a batalha junta e o ponto de partida deve ser obrigatoriedade na família. Independente do padrão da qual ele se encontra, pois hoje é sabido que temos diversos tipos de família, o importante é que cada um seja coerente e correto na educação e com os valores que serão priorizados às crianças. Um ambiente onde o respeito, a ética, o amor, a compreensão, a compaixão e principalmente o diálogo é exercido como fator de humanização, só poderá se transformar em uma semente para a evolução de uma espécie de seres humanos corretos e valorosos em suas idéias e atitudes.
A sociedade precisa se alertar com o sistema social que está se formando, só a reflexão crítica e filosófica, impedirá que as pessoas cheguem a ponto de repetir as atrocidades ocorridas anos atrás. Nós educadores devemos repensar na nossa realidade educacional, questionar as políticas sociais e educativas, mascaradas e atoladas de ideologias impostas como corretas, banais e revolucionárias. Nem sempre o que cabe a um povo, é o mesmo que cabe a outro, temos que avaliar todos os setores e fatores envolventes no processo. Não podemos deixar que atos ideológicos assassinem nosso sistema educacional.
Temos que ter consciente que a barbárie não se resume apenas em um ato consumado, mas que envolve muitas questões que criaram e continuam a criar, para que leve a acontecer tais atos.
Através de uma educação civilizada, a humanidade não presenciará nem cometerá nenhum tipo de barbárie.
“Pessoas que se enquadram cegamente em coletividades transformam-se em algo analógico à matéria bruta e omitem-se como seres autodeterminantes. Isso combina com a disposição de tratar os demais como massa amorfa”. (Adorno)

sábado, 23 de maio de 2009

Método Clínico Piagetiano


Método Clínico Piagetiano...
Segundo Piaget, o conhecimento não pode ser concebido como algo predeterminado pelas estruturas internas do sujeito (porquanto estas resultam de uma construção contínua) nem pelas características do objeto (já que estas só são conhecidas graças à mediação dessas estruturas). Todo conhecimento é uma construção, uma interação, contendo um aspecto de elaboração novo. A partir da leitura do texto sobre o método clínico piagetiano, pude perceber suas formas de execução que passam pela análise do conteúdo do pensamento infantil, pela observação pura estudando as perguntas espontâneas das crianças e pelo método inspirado no exame clínico psiquiátrico (aliando à observação pura e a interrogação), a conversa com a criança, seguindo suas respostas, colocando problemas, levantando hipóteses controladas, objetivando descobrir os processos de raciocínio subjacentes às respostas. Nesse terceiro processo a dificuldade do investigador é saber observar (sem interferências) e saber buscar algo preciso, uma teoria (que requer objetividade e conhecimento de caso). Acredito que seja possível utilizá-lo em sala de aula, desde que sejam com turmas menores, e que o professor tenha o conhecimento sobre tal análise, pois acredito que o método exige extrema observação de cada aluno, de forma individual. Para isso requer tempo, qualificação e turmas pequenas. Seria, ao meu ver, impraticável numa turma de 25, 30 alunos. A aplicação do método necessitaria de apoio pedagógico (orientador, supervisor, direção ou outro observador), através da definição de metodologia e planejamento, em que tais informações, obtidas pelo professor, ficassem arquivadas para que todos os professores pudessem ter acesso. Com o aluno, esse método poderia ser colocado em prática em diversas atividades desenvolvidas em sala de aula (através do conteúdo interdisciplinar) ou fora da sala de aula em atividades diversas, como saídas de campo, passeios, atividades em biblioteca, sala de vídeo, buscando interagir com o discente, através de seus comentários espontâneos, estimulando sua participação. O que será necessário para desenvolver esse método, vai ser um tempo maior, uma disponibilidade maior, uma adaptação das práticas escolares para se poder concretizar na escola essa aplicação.

domingo, 17 de maio de 2009

Projeto de Aprendizagem


Como estamos novamente trabalhando sobre projetos de aprendizagem, colocarei aqui algumas considerações sobre este tema.

Projeto de aprendizagem são formas de ensinar e aprender, onde o professor e aluno caminham juntos no processo ensino-aprendizagem. Reelaborando o conhecimento através de pesquisas, análises, etc., elaborando assim novos conceitos. A. construçaõ de um PA caracteriza-se por ter em mente um motivo, uma finalidade e meio.

Um motivo deve partir de uma necessidade, de um problema concreto dos alunos ou ainda deve ter profunda vinculação com a vida do envolvido.

É necessário que o aluno perceba o motivo da atividade, para poder se interessar por ela e querer realizá-la.

"Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra."

Anísio Teixeira

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Questões Étnico-Raciais




Os objetivos da Educação das Relações Étnico-Raciais são a divulgação e produção de conhecimentos, de atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de interagir e de negociar objetivos comuns que garantam a todos o respeito aos direitos legais e a valorização de identidade. E também, a valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, européias, asiáticas e reconhecimento da história e da cultura dos afro-brasileiros. A Lei recomenda a obrigação dos sistemas de ensino de proverem condições materiais e financeiras com materiais didáticos necessários para tornar práticos seus preceitos. E indica movimentos civis organizados e instituições que possam ser consultados sobre conteúdos e metodologias úteis para a aplicação da Lei. Ela reafirma uma posição de combate ao racismo e à discriminação, de acordo com a nossa Constituição. Para qualquer educador que tenha juízo e seja realista, essa Lei significará principalmente um chamado ao trabalho, pois sabemos que o Estado ainda não poderá prover o sistema de ensino com os meios necessários para dar plena eficácia à Lei. Pode até parecer difícil, à primeira vista, saber como e por onde começar. Mas, diante da montanha de fatos, personagens e circunstâncias históricas que têm sido negligenciados como conhecimento ao longo da história da Educação no Brasil, essa dificuldade é só aparente. Ao começarmos a tratar do tema vamos descobrir um outro país. A história do Brasil e a formação do povo brasileiro foram de tão reduzidas a esquemas simplificados no dia a dia das escolas que nossos alunos chegam a terminar o Ensino Superior sem conhecer a História do Brasil. Nada, ou quase nada, estudamos sobre a política portuguesa de povoamento da colônia, que estimulava a mestiçagem para acelerar a ocupação das terras; ou sobre a resistência indígena ao formato hierarquizado das populações dominadoras; ou sobre a política de estado praticada por alguns reinos africanos que institucionalizaram a venda e a exportação de escravos negros; ou sobre a força antiabolicionista dos republicanos no Brasil. Isso simplesmente não é visto nas escolas. Repetimos expressões carregadas de significado histórico sem nem suspeitarmos disso, como aquela que diz que algo é “para inglês ver” e que se refere à burla da ordem baixada pelos ingleses de proibição do tráfico negreiro. Às vezes estamos muito próximos de referências históricas importantes e não percebemos, nem tampouco nos alertam para isso na escola. Quando ouvimos O Guarani, de Carlos Gomes, na abertura da Hora do Brasil, por exemplo, é sem saber que o nosso mais conhecido compositor erudito era neto de uma escrava fôrra. Também não nos damos conta de que o nome Rebouças que batiza viadutos e avenidas nas maiores cidades brasileiras homenageia o sobrenome de uma ilustre família de políticos baianos negros, do século XIX, cujos membros foram importantes engenheiros: os irmãos André e Antônio Pereira Rebouças Filho, construtores de ferrovias e obras de grande porte. Conhecer melhor sobre os afro-descendentes que fogem ao estigma da escravidão mais do que saciar curiosidades, nos ensina que, desde cedo, esse brasileiros impuseram, com sua existência, o fato de que a cor jamais os condenou à inferioridade intelectual. Apesar do ambiente que lhes era desfavorável eles alcançaram admiração e respeito assim como muitos outros que lutaram pela conquista de seu espaço.

domingo, 10 de maio de 2009

Método Clínico Piagetiano






O Método Clínico de Piaget
"O métodoClínico Piagetiano", já era usado por Piaget em 1926, uma das mais importantes contribuições para a investigação na área da psicologia do desenvolvimento. O objetivo era a análise do conteúdo do pensamento infantil.Esse método inclui uma prática de testagem de hipóteses sobre o funcionamento da inteligência de um sujeito enquanto este raciocina. O investigador se utiliza de três tipos básicos de indagações ao sujeito: perguntas de exploração, de justificação e de contra-argumentação.Possibilita a observação na prática, através da conversação livre com a criança sobre um tema dirigido pelo interrogador que acompanha as respostas da criança, pedindo que justifique, explique, diga o porquê, faça contra sugestões..., permite relacionar, a partir do espontâneo, o universo ao qual a criança busca se adaptar.Hoje, em sala de aula, até seria possível realizar numa situação de aprendizagem, mas com um número pequeno de alunos, porém é difícil, é um método complexo, o professor precisa conhecê-lo bem, entender sua verdadeira dificuldade, saber observar, sem interromper e ao mesmo tempo buscar resultados justificáveis e compreensíveis. O método ajuda na compreensão do processo, mas não é um método pedagógico para promover o desenvolvimento intelectual, não constrói conhecimento.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Estádios do Desenvolvimento



Piaget nos define como sendo quatro os estádios de desenvolvimento e coloca que o ordenamento é constante porém as idades variam. Variam de cultura para cultura e dentro delas também há variáveis. Sensório- motor (dos 0 aos 18/24 meses) Estádio pré- operatório (dos 2 aos 7 anos )Estádio das operações concretas ( dos 7 aos 11/12 anos) Estádio das operações formais ( dos 11/12 aos 15/16 anos)recortes de:http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/

Com comentários reflexivos a respeito da aprendizagem. Em outro texto, Piaget (1972b) relembra que:"A ordem de sucessão desses estágios, como foi mostrado é extremamente regular e comparável aos estados de uma embriogênese. A velocidade do desenvolvimento, no entanto, pode variar de um a outro indivíduo e também de um a outro social; conseqüentemente, podemos encontrar algumas crianças que avançam rapidamente ou outras que avançam lentamente, mas isso não muda a ordem de sucessão dos estágios pelos quais passam. Em outra passagem ainda, Piaget (1972c) comenta que: Acima de tudo a maturação não explica tudo, porque a idade média na qual este estágio [sensório-motor] aparece (idade cronológica média) varia grandemente de uma para outra sociedade. O ordenamento desses estágios é constante e tem sido encontrado em todas as sociedades estudadas.
A experiência da criança sensório - motora é praticamente sua interação imediata, através de seus sentidos, com o meio. A experiência de ver objetos e sua busca em vê-los é típica deste estádio e muito colaborativa para as aprendizagens da criança, perdurando até a linguagem.“A inteligência sensório – motora que se caracteriza por ser exclusivamente prática perdura até o aparecimento da linguagem"Ex.: Luíza, nove meses, joga sua bolinha preferida, por vezes repetidas ao chão. O pai se cansa e esconde. A menina ri e a pede de volta, sabendo que ela ainda existe, em outro lugar somente. No momento em que ela percebe um objeto “sumir” e entende que ainda está ali, observa-se evolução neste estádio.
"O pensamento da criança pré-operatória é egocêntrico, o que significa que não é capaz de lidar com idéias diferentes das suas em relação a um determinado tema.”Ex.:Natália dois anos canta uma música e a mãe lhe corrige a nota, ela aceita. Repetindo a canção corretamente. Logo continua a música e a mãe lhe corrige a letra. Natália não aceita. Responde da seguinte forma:- Eu não gosto das tuas coisas! (- Eu não góto das tua coias!)- Que coisas?- A minha música é assim... (-A minha muca é assim.)
No estádio das operações concretas:“A construção da capacidade de reversibilidade do pensamento assinala o ingresso nas operações concretas. A criança torna-se, então, capaz de realizar operações, ou seja, ações mentais, embora limitadas pelo mundo real.”Ex.:Iaramin de 7 anos e seu professor de música estão há algum tempo “treinando” a mão esquerda do violino e direita do arco. Chegado um determinado dia a aluna não quer mais a figura destes objetos feitos à caneta em suas mãos e diz saber exatamente qual é esquerda e direita. A partir desta etapa observa-se o uso prático de lateralidade em suas aplicações diárias. Neste estádio são construídas as aprendizagens de classificação, seriação, peso, volume, conservação física de substâncias e medida." ... na ocasião da passagem para o operatório formal há uma inversão nas relações entre o real e o possível.
O operatório-formal permite trabalhar com o pensamento hipotético-dedutivo e estabelecer relações entre diferentes teorias.No período operatório-formal o sujeito terá à disposição instrumentos oriundos do plano das possibilidades, os quais permitem estabelecer relações entre teorias, produzindo nelas transformações”Ex.:Ítalo, onze anos, aprendeu a tocar a música: And Love Her. Chegando da aula de música tocou-a novamente com algumas partes no agudo. Ele observou que a música ficava mais melancólica e forte. E no grave mais simples e suave.
Este período contempla as transformações que o sujeito provoca nos objetos a partir de suas manipulações.

domingo, 26 de abril de 2009

Inclusão


Incluir pesoas com necessidades educacionais especiais tem sido um grande desafio aos professores que muitas vezes se veêm despreparados e sem apoio para a função. Dentre as necessidades educacionais especiais que mais preocupam os docentes, está a deficiência mental, sobretudo porque é a mais comum e, provavelmente, a que mais exige adaptações tanto curriculares quanto de atitudes.
Esta interdisciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, está dando a aportunidade para que nós, professores, possamos debater acerca da inclusão, que está aí, é certo, mas que nos deixa extremamente ansiosos, pois ainda não temos em nossas escolas toda transformação que temos que ter para receber este aluno.

domingo, 19 de abril de 2009

Questões Étnico- Raciais


Diz-se que o homem nasceu livre, que a liberdade de cada um acaba onde começa a liberdade de outrem; que onde não há liberdade não há pátria; que a morte é preferível à falta de liberdade; que renunciar à liberdade é renunciar a própria condição humana; que a liberdade é o maior bem do mundo; que a liberdade é o oposto à fatalidade e a escravidão; nossas bisavós gritavam: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade"; nossos avós cantaram: “Ou ficar a pátria livre/ ou morrer pelo Brasil"; nossos pais pediam: “Liberdade! Liberdade! / abre as asas sobre nós" e nós recordamos todos os dias que “o sol da liberdade em raios fúlgidos /brilhou no céu da Pátria..." – em certo instante. Somos, pois, criaturas nutridas de liberdade há muito tempo, com disposição de cantá-la, amá-la, combater e certamente morrer por ela.Ser livre - como diria o famoso conselheiro... - é não ser escravo; é agir segundo a nossa cabeça e o nosso coração, mesmo tendo de a partir esse coração e essa cabeça para encontrar um caminho... Enfim, ser livre é ser responsável, é repudiar a condição de e autônomo e de teleguiado-é proclamar o triunfo luminoso do espírito. (Suponho que seja isso)Ser livre é ir além: é buscar outro espaço, outras dimensões, é ampliar a órbita da vida. É não estar acorrentado. É não viver obrigatoriamente entre quatro paredes.( Cecília Meireles)
Muitas das questões que dizem respeito à diversidade étnico-racial estão presentes tanto nos objetivos a serem alcançados como nos conteúdos a serem trabalhados em alguns dos Temas Transversais, especialmente Ética e Pluralidade Cultural. Assim, o trabalho a ser realizado em torno da Ética deve organizar-se de forma a possibilitar que os alunos não só sejam capazes de compreender o conceito de justiça baseado na eqüidade e de sensibilizar-se pela necessidade da construção de uma sociedade justa, mas de adotar atitudes de respeito às diferenças, de solidariedade, de cooperação e de repúdio às injustiças e discriminações.









Postagens



Professores e tutores, estava não perdida nas atividades na semana passada que esqueci de fazer a minha postagem. Não sabia se procurava nos e-mails ou no ROODA, me enrolei toda. Ô semaninha mais complicada!!! Me desculpem, please!!!






















































domingo, 5 de abril de 2009

Educação Especial


Na terça-feira, dia 31/03, tivemos a nossa aula presencial da interdisciplina Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, com a professora Daniela e as tutoras Janaína e Juliana. Minhas espectativas com esta interdisciplina são muito grandes, pois trabalho com crianças especiais numa escola especial. Percebi através dos relato das colegas, que este é um tema que muito as aflige, me coloco assim também. Estou bastante curiosa com as discussões que ainda estão por vir.

A inclusão de alunos especiais na rede regular de ensino, possui barreiras a serem superadas por todos: profissionais da educação, comunidade, pais e alunos. E nós ainda precisams aprender mais sobre a diversidade humana, a fim de compreender os modos diferenciados de cada ser humano ser, sentir, agir e pensar.

domingo, 29 de março de 2009

Boas vindas


Somente hoje estou fazendo minha postagem. Começamos o semestre a todo vapor. Que loucura!!!!! São muitos textos, muitas informações!!! Neste primeiro momento estou um tanto enrolada, mas já começo a me organizar. Demora um pouco, mas se faz necessário uma organização. Vamos lá porque o semestre promete.