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12/10/2007 13:02:59
Em filmes sobre julgamentos em tribunal, geralmente, o espectador sabe de antemão se o réu é inocente ou culpado. A questão se resume em torcer pelo surgimento das provas para que se faça justiça. Em Doze homens, o problema é outro. O réu já passou por julgamento, as provas já foram apresentadas e cabe ao júri dar o veredicto. Nesse filme aparentemente o caso está liquidado. Os doze jurados, que não se conhecem, entram na sala do júri em um final de dia muito quente, e só podem sair de lá com um veredicto unânime. Caso o resultado seja guilty, a pena para o réu será a cadeira elétrica. Todos pensam que será uma decisão rápida porque as provas contra o réu parecem bem contundentes. Começa a votação e o resultado é onze a um pela condenação. Apenas o jurado número 8 (Henry Fonda) discorda do grupo. Nesse momento se ata o nó da ação.É um filme que se passa dentro de uma sala onde doze pessoas dialogam continuamente.Os diálogos são tensos, os personagens estressados, e, aos poucos, pelo confronto, caem as máscaras. Pouco importa saber se o réu é guilty ou not guilty, mas se recebeu um julgamento justo. Pelos diálogos ricos e argumentação sutil, somos levados a pensar na forma como julgamos as pessoas. Nem sempre as provas são tão contundentes quanto parecem e mesmo imbuídas de boas intenções as pessoas podem se deixar levar pelo preconceito, por ódios escondidos ou pela influência do grupo.No decorrer do filme, aos poucos, vamos conhecendo cada jurado e vemos como suas personalidades e suas histórias pessoais influenciam sua capacidade de julgamento. São homens comuns, não sabemos sequer seus nomes, mas naquela sala eles têm poder sobre a vida de um homem. Os céticos podem ironizar a visão implícita no filme de que um bom samaritano consegue fazer a justiça acontecer, se estiver munido de valores básicos e boa argumentação. Pode ser uma visão ingênua para um mundo sujo, mas quem dera houvesse menos céticos e mais bons samaritanos.
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
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