No dia 10 de novembro, fomos fazer uma visita à Bienal. Foi realmente muito interessante, mas me senti, culturalmente falando, muito pobre em relação à obras de arte. Olhava todas aquelas obras e não as entendia, não conseguia captar o que realmente os autores das mesmas queriam nos dizer. Toda a obra , acredito eu, não tem um fim, todos os olhares são diferentes, mas que dizem a mesma coisa. É um tanto difícil entender uma obra. O travesseiro por exemplo, não me disse nada, por mais que eu tentasse entender, mais eu ficava confusa. Será que o travesseiro é alguma evidência que o artista nos apresenta, e as argumentações serão as nossas interpretações? Não sei, fiquei em dúvida.
Nesta visita cultural, tivemos a oportunidade de conhecer um pouco mais das obras de Francisco Matto, Jorge Macchi e Öyvind Fahlström.
Começamos pelo Santander Cultural e conhecemos as obras de Jorge Macchi. Macchi usa a relação entre a imagem, movimento e som. Usa também jornais, que normalmente são jogados fora e que fazem o sustento de muitas famílias e os transforma em obras de arte. Achei muito interessante suas obras, pois me transmitiram muita paz, não sei se pelo fato da maioria das obras virem acompanhadas de som, talvez por isto. Ao mesmo tempo que achei interessante, também achei bastante difícil de entendê-las. Fomos então para o MARGS, onde estavam expostas as obras de Francisco Matto e Öyving Fahlström. No térreo passeamos entre as obras de Francisco Matto, muito interessantes, usa cores fortes, suas representações são construtivistas, usa tapeçarias, nas quais pesquisou mais. Trabalha com materiais recicláveis, aproveita materiais que seriam jogados fora(madeira velha, papelão), ahei suas obras um pouco mais fácil de serem entendidas, ao mesmo tempo ele conseguiu unir a arte antiga com as linguagens contemporâneas usando materiais reciclados. Foi muito interessante perceber que coisas que comumente jogaríamos fora, ele transforma em obra, e, diga-se de passagem, belas obras. Essas obras nos mostram , que ao nosso redor, tudo é útil e reciclável. Este foi o artista que mais chamou minha atenção.
Fomos, então conhecer as obras de Öyvind Fahlström. A primeira coisa que me chamou atenção, foi pelo fato de ele ser brasileiro e tão pouco conhecido aqui, projetou sua carreira internacionalmente, onde é muito conhecido. Retrata críticas bem duras a Ditadura e as diferenças raciais, onde representa muito bem em suas obras. Usa muito a serigrafia como elemento em suas obras.
As orientações do mediador foram de extrema importância para que pudéssemos entrar um pouco nas obras apresentadas e entender as intenções dos artistas não muito fáceis de serem interpretadas. Nas produções das obras, acredito que ambos tiveram preocupação maior com a idéia a ser transmitida e não com a estética do visual. O outro sentido muito usado além da visão, foi a audição, pois não pudemos encostar nas obras, algumas, inclusive vistas de uma certa distância, sendo assim, não usamos o tato. Finalizando, vejo que o símbolo da Bienal tem muito a ver como ficamos à frente daquelas obras, com vários pontos de interrogações , mesmo depois de já tê-las entendido um pouco melhor. Ficamos sempre na dúvida se realmente saímos dalí entendendo um pouco do que queriam nos passar.????????????